Como a iluminação pode deixar os espaços agradáveis e funcionais

Ambiente, sombreada, difusa, focada, funcional ou de destaque. Um bom projeto luminotécnico combina diferentes formas de iluminar os espaços da casa, de acordo com as atividades praticadas e as sensações esperadas pelos moradores. Veja como

A iluminação residencial é mais sensorial. As lâmpadas de luz amarela proporcionam conforto ao ambiente.

Evite a luz branca no quarto e na sala, porque deixa as pessoas com aparência pálida e agitada. Use só em cozinha, banheiro e lavanderia.

Em ambientes integrados, o projeto de iluminação deve pensar na harmonia das cores das luzes. A cozinha aberta precisa ter luz cênica que converse com o living e luz fechada para as atividades específicas nas bancadas da pia e do fogão.

A iluminação funcional é focalizada na atividade. Pode estar em uma luminária acima de uma mesa de trabalho ou ao lado de uma poltrona para leitura. Na cozinha, pode ser uma fita de Led aplicada acima das bancadas da pia e do fogão, junto do frontão ou embaixo do armário superior.

A luz aberta, menos focada, é usada para iluminar todo o ambiente. Pode estar acima da mesa de centro ou do sofá. Precisa ter controle sobre os estímulos. A sala pede luz intimista, mais confortável, dependendo da percepção do morador.

Escolha luminárias que conversem entre si, feitas do mesmo material, como madeira ou metal, mas com efeitos de luz diferentes: pendente para focada e abajur para difusa. Na sala, abajures nas mesas laterais ou luminárias de piso.

 

Iluminação (Foto: Julia Ribeiro / Divulgação)

Parede lavada
A história desta casa da década de 1970 foi valorizada na reforma pelas arquitetas Sarah Bonanno e Marina Cardoso de Almeida, da Tria Arquitetura. Após descascar as paredes para revelar os tijolos originais, elas instalaram a iluminação da Arquitetura da Luz, que destacou os elementos rústicos. “Nós criamos uma sanca em forma de J no forro de gesso, distante 20 cm da parede, para facilitar a troca das lâmpadas tubulares fluorescentes de cor quente”, diz Marina. “Sobrepomos as lâmpadas para evitar sombra e reforçar a unidade.”

 

Iluminação (Foto: Denilson Machado / MCA / Divulgação)

Destaque na marcenaria
Em parceria com o lighting designer Maneco Quinderé, as arquitetas Roberta Moura e Paula Faria criaram a iluminação indireta embutida na marcenaria desta sala de TVno apartamento em Ipanema, no Rio de Janeiro. Para valorizar a estante de carvalho americano, executada pela Brumatti Marcenaria, fitas de Led foram incorporadas escondidas no nicho e acima das peças. Também foram colocadas embaixo do banco que fica junto da janela. Poltronas Tete, assinadas por Sergio Rodrigues, e mesa de centro Fit, do designer Fabio Stal, ambas da Arquivo Contemporâneo. Piso de mármore travertino Navona.

 

Iluminação (Foto: Denis e Wichmann / Divulgação)

Amarelo quente
Com inspiração nos lofts nova-iorquinos, a sala de jantar deste apartamento em Novo Hamburgo, RS, tem decoração moderna com pegada industrial assinada pela arquiteta Greisse Panazzolo. Dentro dessa proposta, Greisse criou o projeto de luminotécnica com tubulações aparentes na parede de concreto e arandelas, desenhadas por ela e feitas pela Installux, quedestacam o quadro. Pendente Mush de Jader Almeida, da Maiora Design. Mesa de jantar e cadeiras da Varanda Mix.

 

Iluminação (Foto: Evelyn Müller / Divulgação)

Surpresa dramática
O apartamento de 450 m² merecia um lavabo à altura do requintado projeto elaborado pela designer de interiores Marina Linhares: o hall que o antecede recebeu iluminação especial de duas arandelas da Lumini, fixadas na parede revestida de madeira da Oscar Ono. “Por se tratar de um cantinho, tem uma surpresa. A repetição das peças pequenas com luz indireta cria efeito cênico, mais dramático”, explica Marina. Piso da Oscar Ono.

Usos e efeitos
A quantidade de luminárias embutidas no gesso ou de spots em trilhos depende do uso, do tamanho e do pé-direito do ambiente. Mas vale a regra do ‘menos é mais’.

É fundamental pensar na posição das luminárias de teto. Nunca coloque o foco da luz em cima de lugares onde as pessoas sentam. Prefira as áreas de circulação.

Abuse da luz indireta, que dá conforto ao ambiente. Pode ser de abajures, luminárias de mesa ou de piso e da marcenaria.

Faça combinação de luzes fortes e fracas e divida o circuito para não acenderem todas juntas, mas separadas em grupos.

Controle a intensidade da luz com dimmer no quarto e na sala. Na sala de jantar, pode ficar mais acesa em festas e menos em um jantar intimista.

No banheiro, use arandelas nas laterais do espelho sobre a bancada da pia. Ajuda a tirar as sombras do rosto ao fazer a maquiagem.

 

Iluminação (Foto: Maíra Acayaba / Divulgação)

Caixa poderosa
No eixo perpendicular ao living do apartamento projetado pelo escritório Zoom Arquitetura, a cozinha aberta para a sala de jantar tem uma longa bancada de concreto iluminada por uma caixa de luz criada no armário suspenso, com nichos abertos e fechados. As lâmpadas ficam embutidas nas partes de baixo e de cima do armário, escondidas por placas de policarbonato, que funciona como difusor de luz, no projeto de iluminação da Reka. Marcenaria executada pela Visual Móbile. Piso de Concresteel.

 

Iluminação (Foto: Mariana Orsi / Divulgação)

Túnel de luz
O hall de entrada revestido de madeira dá boas-vindas no apartamento de 130 m² em São Paulo, projetado pelo escritório Box14 Arquitetura. Para iluminar o percurso, balizadores de piso da LabLuz com lâmpada de Led foram embutidos no assoalho de cumaru da Casulo Design. “A luz indireta, de baixo para cima, destaca a madeira na parede e no teto e reforça a sensação de se estar em um túnel”, diz o arquiteto Leandro Mostardo. Porta da Marcenaria Lisboa.

 

Iluminação (Foto: ©Marcelo Donadussi)

Mistura ousada
A luz indireta de calhas embutidas na marcenaria e na parede com lâmpadas de Led da Di Luce Iluminação ressalta a composição de materiais brutos e delicados no quarto de casal de apartamento em Porto Alegre, projetado pelo Mundstock Arquitetura. “Retiramos o forro de gesso para deixar a laje de concreto aparente e, para esconder uma viga, criamos o painel de lâmina de louro freijó que desce pela parede, formando um L destacado por um rasgo de luz”, diz a arquiteta Luana Mundstock, sócia da irmã Lisandra. O mesmo efeito foi criado na parede ao lado da porta laqueada. Marcenaria da Móveis Zagonel. Mesas de cabeceira da Móveis Schuster. Luminária Monkey design de Marcantonio Raimondi Malerba para a Seletti.

 

Fonte: Casa e Jardim

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