Crédito imobiliário com recursos da poupança cresce 23% no 1º semestre

Os financiamentos imobiliários realizados com recursos da caderneta de poupança somaram R$ 25,29 bilhões no primeiro semestre deste ano

Os financiamentos imobiliários realizados com recursos da caderneta de poupança somaram R$ 25,29 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um avanço de 23% em relação ao mesmo período de 2017. Incluindo os recursos do FGTS, o crédito atingiu R$ 56,8 bilhões no semestre, alta de 4,5%. Os dados são da Abecip, associação que representa um avanço de 23% em relação ao mesmo período de 2017. Incluindo os recursos do FGTS, o crédito atingiu R$ 56,8 bilhões no semestre, alta de 4,5%. Os dados são da Abecip, associação que representa as instituições que atuam no crédito imobiliário.

Para o ano, a Abecip elevou a projeção de crescimento das concessões de financiamentos imobiliários de 15% para 17%. No total, o crédito para a compra da casa própria deve atingir R$ 116 bilhões em 2018.

O desempenho deve ser puxado pelo crédito com recursos da caderneta de poupança, que deve aumentar 16% neste ano – ante uma estimativa anterior de 10%. “Os bancos estão com apetite para emprestar mais”, afirmou Gilberto Duarte de Abreu Filho, presidente da Abecip.

A disposição das instituições financeiras ocorre em um momento de farta liquidez de recursos para o crédito imobiliário. A estimativa da associação é que o excesso de recursos para o financiamento da casa própria possa superar os R$ 100 bilhões nos próximos dois anos.
O saldo da caderneta de poupança, uma das principais fontes para o crédito imobiliário, deve encerrar o ano em R$ 621 bilhões, alta de 10% em relação ao fim de 2017, de acordo com a Abecip.

Ao mesmo tempo em que o saldo da poupança cresce, os bancos tiveram o benefício da recente liberação de compulsórios e vêm recebendo recursos de amortizações de empréstimos concedidos em anos anteriores. “O problema hoje é achar projetos de incorporadoras e consumidores com apetite para comprar”, afirmou Abreu, em entrevista coletiva.

Esse cenário de oferta abundante e demanda ainda em ritmo lento se refletiu nas taxas de juros cobradas nos financiamentos, que hoje estão em patamares próximos aos do melhor momento do mercado imobiliário, em 2014, segundo o presidente da Abecip.

 

Desempenho mensal

Em junho, o crédito imobiliário com recursos da poupança foi de R$ 5,49 bilhões, alta de 44,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a maio deste ano, houve um crescimento de 22,2% no volume de empréstimos. Em número de unidades, foram financiados 98,8 mil imóveis nos seis primeiros meses deste ano com recursos da caderneta, alta de 19,8%, na comparação anual.

 

Fonte: Valor Econômico

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